Futuro de Portugal: servir bicas aos "kéfror"

Acabo de ver um par de reportagens do "60 minutos" e estou ainda um pouco atordoado.

A primeira sobre a universidade IIT na India, onde os alunos que são rejeitados no concurso de acesso vão para o MIT, Caltech, e outras tantas melhores universidades dos EUA.

Os alunos que são material para o IIT começam a ser identificados aos 10 anos, e a partir do seu 11º ano de escolaridade não fazem mais nada senão estudar a preparar a entrada para o IIT, estudam das 4:00 às 8:00 (da manhã) e depois ainda vão às aulas ditas "normais"!!

Aqui em Portugal preferimos encorajar os nossos jovens ao uso da banda larga, para fazer downloads (já nem sequer falo no facto de encoragarem a actos ilícitos) e a passar o dia todo a enviar SMS nos seus celulares topo de gama.

Enquanto que na India os 200 ou 300 melhores de entre os 2,5% de candidatos que são aceites no IIT têm a sua fotografia publicada no Jornal, aqui preferimos publicar as notícias e perder uma imensisão de tempo sobre uma tal Carolina... e creio que está tudo dito.

Estamos a formar os consumidores do futuro, pois a India e as restantes nações ditas "emergentes" estão a formar os criadores dos produtos e serviços que a futura população da "Velha Senhora" vai passar a consumir.

A segunda reportagem tinha a ver com Hospitais também nesses mercados emergentes (Tailandia e India) onde são prestados cuidados de saúde ao melhor nível e a preços incomparavelmente mais baixos que nos EUA ou Europa. A partir daí esta a surgir uma corrente de "Turismo de Saúde" onde os Americanos "ricos" (para o padrão India e etc) mas que não querem ou não podem pagar os cuidados de saúde nos EUA se deslocam a esses países para umas férias e umas cirurgias, e de lá saem absolutamente espantados com a qualidade do pessoal médico e condições gerais da prestação do serviço.

Portanto meus caros, anotem bem, é uma mera questão de tempo (diria cerca de 10 a 15 anos) e nós os Portugueses estaremos a servir bicas a quem hoje nos tenta impingir umas flores!

Australian Open - dia um

Depois do primeiro dia, tenho de dar a mão à palmatória, os nossos comentadores estiveram em excelente forma!! Surpreenderam-me totalmente.

Falaram qb, paravam de falar enquanto a jogada decorria, e até fizeram algumas análises técnicas interessantes.

Aos comentadores deste primeiro dia do open, os meus parabéns!
-Bernardo Mota
-Luis Piçarra
-Hugo Ribeiro
-Pedro Keul

Quanto ao ténis propriamente dito, tenho a realçar que vimos o Roger Federer a cometer tantos erros que até pareceu um humano como qualquer um de nós, e não o extra-terrestre de Alpha-Centauri de visita ao nosso planeta como todos bem sabemos.

Confesso que nunca vi o Federer a fazer tantos erros, e a refilar consigo mesmo, nem mesmo contra o Nadal. Bem, são os típicos perigos de qualquer encontro de primeira ronda de um Grand Slam, sobretudo para um jogador que teve a época anterior como teve e chegou ao torneio com uma relativa menor preparação (e julgo que algum cansaço psicologico ainda). Nunca julguei foi que também afectasse os nativos de Alpha-Centauri.




Seja como for, o jogo do dia foi sem dúvida o da sessão noturna que opôs Marat Safin contra o Benjamin Becker (o tal que mandou o Agassi para a sua reforma). Uma maratona de cinco sets (que ele na entrevista pos-encontro disse que não achou piada nenhuma), mas além do jogo de alto nível, o bonito foi vê-lo a lutar contra os seus próprios demónios e mante-los sob controlo.

São esses momentos em que nós os vulgares jogadores de fim de semana vemos que nos debatemos com as mesmas dificuldades, e que torna este desporto tão apelativo.

Open ténis da Australia e Comentadores Lusos

É já no Domingo que começa o Open da Australia de ténis, e o Eurosport como vem sendo hábito não vei perder uma bola desse torneio cuja cobertura será em directo.

Preparam-se umas grandes noitadas durante a próxima quinzena.

Pessoalmente só espero que a qualidade do comentário desportivo em português suba uns quantos degraus na sua qualidade e sobretudo e muito mais importante que desca uns quantos degraus na sua quantidade.

Por um lado, acho bem que tenham recrutado vários comentadores para essa grande festa do ténis, mas por outro o efeito que isso criou aquando da ultima edição foi uma sobrecarga terrível de comentário sobre as imagens.

Nessa altura, foi um ror de comentários irrelevantes cada um a querer provar que percebiam do que assunto, e à conta disso era impossível estar "no momento" e apreciar cada jogada no seu todo.

Parece que não suportam o silêncio (afinal eles foram contratados e convidados para comentar não é?) e devem julgar que têm de preencher cada segundo de vazio.

Portanto aqui fica o meu sincero desejo que haja uma maior controlo por parte dos comentadores. Já fiz com que este "recado" chegasse a um deles, espero sinceramente que surta algum efeito.

Fica para um post posterior algumas recomendações e queixas mais concretas.